terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pesadelo da moda

Como os cristãos em Corinto, nós temos como opções dois estilos de amor - o de Deus ou o do mundo.

Qual iremos escolher?


Eu tenho uma ilustração que poderá nos ajudar a compreender o nosso papel como seguidores de Cristo e conseqüentemente o estilo de amor que devemos adotar. Pode parecer um pouco estranho a princípio, mas acompanhe a idéia. Fará sentido à medida que eu for explicando. Penso que podemos enxergar o amor como algo que vestimos.
A partir do dia em que Adão e Eva desobedeceram a Deus e costuraram umas folhas de figueira no Jardim do Éden, o mundo tem experimentado algo como um pesadelo da moda, não em termos de vestimenta mas em termos de amor. Quando o pecado desfigurou o projeto original de Deus para o amor, a raça humana começou a “vestir” uma imitação deturpada e corrompida, baseada no egoísmo e na irresponsabilidade.
Mas como o amor de Deus é perfeito e duradouro, Ele criou uma maneira para experimentarmos o Seu projeto para o amor mais uma vez. Ele enviou Jesus Cristo para consertar as coisas. Em termos de moda, poderíamos chamar o Autor e consumador da nossa fé de Estilista e Modelo de uma expressão revolucionária de amor. Cristo deu a Sua vida por um mundo que o rejeitou, e nos disse para amar os nossos inimigos. Ele lavou os pés dos homens que o chamavam de Mestre e nos ordenou que servíssemos uns aos outros em humildade.
Ele nos deu o padrão - “Como eu vos amei, vocês devem amar uns aos outros.”(Jo 13:34) - e nos mandou compartilhar isso com o mundo.
SUPER MODELOS
Talvez você nunca modele alta costura em Nova Iorque ou Paris, mas como um cristão você modela o amor de Deus para o mundo. Compreender esta responsabilidade afeta profundamente a nossa abordagem nos relacionamentos, especialmente no nosso namoro. Quando namoramos representamos o amor de Deus não apenas à outra pessoa do relaciona-mento, mas também às pessoas que nos observam.
Como cristãos, precisamos lembrar que o perfeito amor de Deus não é apenas para o nosso benefício. Uma modelo veste roupas para atrair a atenção à criatividade do estilista. A modelo expõe o trabalho dele, mas a reputação do estilista é que está em jogo, não a da modelo. Do mesmo modo, como cristãos modelamos o amor de Deus, independente se nos damos conta disso ou não. As pessoas nos observam, e o que elas vêem afeta a reputação de Deus em relação ao amor que tem pela sua criação. Se dizemos que seguimos a Cristo e vestimos o estilo deturpado de amor do mundo, nós arrastamos o nome e o caráter do nosso Senhor na sujeira.
Por esta razão, devemos nos perguntar: “Estou modelando o amor de Cristo? As minhas motivações e ações neste rela¬cionamento refletem o perfeito amor que Deus tem me mostrado?” Como é que você responderia a estas perguntas neste mo¬mento?
EU ME AMO
Eu acredito que podemos modelar o perfeito amor de Deus quando evitamos os hábitos negativos do namoro. E fazê-lo requer que reconheçamos e rejeitemos o padrão de amor do mundo. Primeiramente precisamos entender que todas as decepções do mundo advém da crença de que o amor é basicamente para a realização e conforto de si mesmo. O mundo envenena o amor ao concentrar primeiramente na satisfação das necessidades da própria pessoa.
Nós testemunhamos este veneno no namorado ou namorada que pressiona o parceiro para transar. Você já ouviu esta cantada? “Se você realmente me amasse você faria isso.” Em outras palavras: “Eu não me importo com você, com suas convicções ou como isso pode machucá-la emocionalmente satisfaça as minhas necessidades.” E aquele que namora com alguém pois promove a sua popularidade mas depois abandona o relacionamento quando uma pessoa de um estrato social mais alto aparece? Apesar do primeiro exemplo ser mais extremo, ambos os casos ilustram o “amor” centrado em si mesmo em ação.
Depois nos dizem que o amor é basicamente um sentimento. À primeira vista isto parece bastante inocente - freqüentemente sentimos o amor, e isto não é necessariamente errado. Mas quando fazemos com que os sentimentos sejam o teste máxi¬mo do amor, nós nos colocamos como o mais importante. Sozinhos, os nossos sentimentos não fazem nenhum bem aos ou¬tros. Se um homem “sente” amor pêlos pobres, mas nunca os dá dinheiro para ajudá-los ou nunca demonstra carinho por eles, de que valem os seus sentimentos? Eles podem beneficiá-lo, mas se as suas ações não comunicarem este amor, os seus sentimentos não significam nada.
Ao inflacionarmos a importância dos sentimentos, negligenciamos a importância de colocarmos o amor em ação. Quando avaliamos a qualidade do nosso amor por alguém apenas pela nossa própria realização emocional, nós praticamos o egoísmo.

- Joshua Harris
Trecho do Livro: Eu disse adeus ao namoro


Paz do Senhor.

Shirley Costa

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