segunda-feira, 14 de abril de 2014

Verdadeiramente livres

Deus é fora do normal. Pode ser que você já saiba disso em teoria, mas te desafio a analisar isso à fundo e viver na prática a tomada de consciência da sobrenaturalidade do Senhor. Não tenho cansado de avaliar minhas atitudes de uns tempos pra cá, tentando ao máximo fazer com que elas se alinhem ao meu discurso de como realmente servir à Deus de todo o coração e obedecer os Seus caminhos, e confesso que isso tem feito um reboliço muito grande na minha vida, em diversas áreas.

É muito fácil viver uma vida falsa, mas não é tão fácil assim se despir de todas estas mazelas. A tomada de consciência é o primeiro passo para a mudança da nossa mente e da nossa alma. Quando nos conscientizamos do nosso estado como ser pecador, quando nos atentamos pras nossas iniquidades, o Espírito Santo tem a liberdade pra começar a obra em nós, e começamos a perceber tudo o que precisa ser extirpado da nossa conduta. Mas infelizmente essa tomada de consciência não é o suficiente pra que a mudança ocorra.

Existem certos pecados que são mais visíveis, gritantes, e que logo viram o alvo da nossa mudança. Esses pecados podem até ser deixados de lado de forma rápida, sem muito relutância, dependendo da intensidade com a qual você está anseiando pela transformação genuína. Isso acontece porque eles são óbvios, você sabe e percebe que eles te adoecem e te afastam de Deus, então logo se empenha para acabar de uma vez com eles. Então você se livra daquilo que está na superfície, Deus te concede vitória, você não sente mais nem vontade de cometer aquele pecado outra vez... Mas aí então começamos a acreditar que a guerra já está vencida. "A carne está morta, eu sou guiada pelo Espírito!", mas será que é mesmo?

Embaixo desses pecados óbvios, superficiais, que estão latentes na nossa consciência, estão ocultos os nossos pecados de estimação. O problema desses pecados é que muitas vezes eles estão tão arraigados na nossa alma que até mesmo esquecemos que eles estão ali, ou o quanto eles fazem mal pra nossa existência. Esse é o motivo pelo qual não devemos baixar a guarda de forma alguma, devemos sempre estar atentos e pedir a Deus que Ele traga à tona tudo aquilo que o inimigo quer manter escondidinho lá dentro.



Então, recapitulando, o primeiro problema dos pecados de estimação é a identificação deles em nossa alma, e em segundo lugar vem a libertação deste cativeiro. Uma vez identificados, cabe a nós decidir o que vamos fazer com isso. Deus nos dá o livre arbítrio para que decidamos mudar ou permanecer da mesma forma. Mexer em um pecado que está arraigado não é um processo tranquilo, indolor, pode até ser rápido, mas não é fácil de maneira nenhuma. Isso se deve ao fato de que guardamos essa sujeira por tanto tempo dentro de nós que passamos a acreditar que aquilo faz parte do que somos, e pensando dessa forma sentimos a dor da amputação de algo que realmente está preso a nós. Dói demais, minha gente!

Deus nos dá a alternativa de continuar o processo de mudança ou parar onde essa iniquidade se encontra. Você pode sim optar por não querer se separar do seu pecado de estimação, mas enquanto voce não decidir de fato ir fundo na sua transformação, a sua vida não vai sair das famosas ondas de fé. Você vai se encher do Espírito, pode começar um novo processo de restauração, mas sempre vai empacar na mesma questão, e depois disso só vem o retrocesso. Deus te ama, e quando eu digo que o processo de libertação da iniquidade dói eu não estou mentindo, mas também não posso mentir ao dizer que uma vez liberto de determinada fortaleza, as chances de se deixar levar pra outro cativeiro são muito menores. Deus te criou para ser livre, verdadeiramente livre, não permita que as aflições da sua alma e as mentiras do inimigo te aprisionem outra vez.
Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8:32)
Fiquem na paz!
Mariana Melo