segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Rompendo expectativas

Olá pessoal! Eu fiquei dias e mais dias pensando sobre o que escrever, e nada fluía, era uma pior que a outra. Parei na frente do computador, abri o Word, coloquei ate música... E nada... Então, até música começou a tocar e BAAMM! Lâmpadazinha no alto da cabeça.

Bom, o que nos somos hoje? O que a geração anterior a nossa espera de nós? Sera que nossa geração sera composta por grandes feitos no futuro a ponto de se comparar com as anteriores?
Posso dizer que a geração anterior a minha não fez lá grandes coisas. Decada de 70 e 80. Festa, disco, globo de luzes, Dance Day, as Frenéticas. Não passou disso. A maconha, cocaína e ácidos nas boates se ploriferou. Surgiram pais e mães despreparados e viciados em um estilo de vida, com filhos indesejados. Essas foram as consequências de jovens que se rebelaram em busca de uma vida pra chamar de sua, só pra estraga-la, derrama-la pelos ralos e bueiros.
De todas as pessoas entre 30 e 40 anos que conheço, varias tem essa realidade a ser contada. Tudo não passava de uma fugida para aquela festa, aquela boate. O desejo fútil de se divertir, de apenas conversar, beber, namorar, tornaria as suas vidas na mais banal o possível.
Voltando um pouco mais na década de 50 e 60, que era pura tradição, comprometimento e responsabilidade. O casamento era o resultado do trabalho para se manter num conforto básico para si e o/a companheiro(a). Ter uma casa, emprego, sair nos fins de semana, sem esquecer a missa no domingo pela manhã. Uma vida a dois razoável, se você não podia se proporcionar, e proporcionar isso a quem estava ao seu lado, então seu casamento não passou de uma atitude prematura. Quando os filhos chegavam, tudo aumentava, sair nos fins de semana não era pro prazer do casal, e sim aparição da familia em meio social. Tudo era voltado pra ele. Contas cheias para eles, para a escola deles, as aulas extras, a faculdade, e até o casamentos deles!
Dessa parte eu gosto. A ditadura ligar começou, a repressão, rebeldes com causa, luta armada e etc e tal. Os que não optavam por se jogarem nas trincheiras da liberdade, optavam por se ajoelharem no milho quebrado da alienação política/militar, esse era o preço pago por quem queria ter filhos, vê-los com um futuro de paz e bem sucedido. Não sabiam que estes filhos eram os que jogariam tudo na lata de lixo, que trocariam o suado futuro conquistado por seus pais, que ou aguentaram calados uma dolorosa repressão ou morreram pelo fim dela, por baladas dançantes, carreirinhas de cocaína e ácidos debaixo da língua.
O meu pai nasceu na década de 60, e se não saísse uns anos atrasados, provavelmente teria morrido em luta aramada na revolução do nosso país. Palmas, porque seria por uma boa causa. O fato é que tê-lo como pai me permitiu crescer ao lado de um homens de ideais belíssimos, inspirados nos seus heróis que morreram pela bandeira, pela liberdade que hoje temos (e queremos jogará fora! Tcharaaaan! Isso mesmo, estou fala do da tal impossível "intervenção política" que estão pedido "por aí").
Os jovens que não destruíram suas vidas nas festas de 70 e 80, hoje são pais (ou não, cidadãos) "esclarecidos das idéias". Essas pessoas são as que podem falar coisas plausíveis sobre politica, economia, violência e segurança, ação social e segurança nas suas paginas do facebook. Exatamente! Os tiozinhos que demos razão nos últimos meses sobre política fazem parte da minoria que não se perdeu no jogo de luzes de sua década.
A situação que nosso pais vive atualmente, é extremamente diferente de todas as décadas anteriores, isso é lógico e previsível, é claro, mas por mais que fosse esperada a tecnologia em diversas áreas não era de se esperar uma mudança tão gritante quanto esta. A era da informação ao podia ser prevista na proporção que hoje se encontra, ninguém imaginava que a coisa ia estar tão pra frente, que tudo iria ser sempre tão rápido, que eu e você, nos tornaríamos atuantes tão rápido! Chegamos ao ponto então. (Ah vá). Eu, e você, na casa dos vinte, somos atuantes do mundo de hoje! E o que estamos fazendo?
Fazendo faculdade, passeando nos shoppings,  comendo pizza.
E quando temos assuntos sérios, o que fazemos?
Vamos para os nossos quartos estudar. Damos as costas aos nossos pais, os atuantes da geração anterior, e confiamos todo o conhecimento de vida nós mesmos. Fazemos textos sobre politica e postamos nas redes sociais, só porque está procure casal na moda. Mas gritamos que estamos com preguiça de ir votar. Deixamos o sexo encarcerar nossa atenção. Acreditamos fielmente no que a televisão diz. Estamos sempre tendo que apagar algum arquivo para colocar outro no lugar por falta de espaço na memória, seja ela no smartphone ou na mente. Somos adultos irresponsáveis e não sabemos disso.
Não esta na hora de nos preocuparmos como um todo? Como mundo?
Se nós atitudes responsáveis aqui e agora e deixamos as coisas grandes nas mãos cansadas dos nossos pais, não podemos esperar grandes coisas do futuro. Mais na frente, as atitudes a serem tomadas serão maiores, mais importantes, e as consequências mais duras, e não podemos achar que nossos pais vão estar lá para tomarem essas atitudes por nós, é muito provável que eles já estejam sob nossos cuidados ou até mortos.
O que falar de atual num blog para jovens, qual polêmica chamaria a atenção deles, se não, criticas contra eles mesmos? No caso, contra mim mesma?
Trabalho feito, pela primeira vez.
E com um texto desse, a real responsabilidade do que isto está sendo pra mim, só aumentou.
E então pessoal? Vamos ler isso, fechar a aba e voltar para o livro da faculdade só pra ter tempo de ir na lanchonete mais tarde? Fingir que isso não é sério, só mais um texto. A coisa esta ficando séria, e o tempo passando rápido, muito rápido.
PS.: A música que estava ouvindo era "Lado Bê - Scracho" ❤

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